África do Sul: Líderes mundiais prestam última homenagem a Mandela
Joanesburgo Chefes de Estado e de Governo, ex-líderes políticos, membros da realeza e celebridades, provenientes de todo o mundo, deslocaram-se ao estádio FNB (Soccer City), em Joanesburgo, esta terça-feira, 10 de Dezembro, para prestar uma última homenagem a Nelson Mandela, primeiro Presidente negro da África do Sul.
A cerimónia no estádio do Soweto teve início por volta das 12.00 (10:00 em Lisboa), com a presença milhares de pessoas e personalidades internacionais, que se juntaram no local onde Mandela fez a sua última aparição pública durante o campeonato do mundo de futebol de 2010.
Entre os dirigentes presentes, proferiram discursos de homenagem ao ex-líder sul-africano o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff e o Presidente de Cuba, Raul Castro.
Perante milhares de pessoas, o chefe de Estado norte-americano recordou Mandela como «um gigante da história», classificando-o como o «último grande libertador do século XX». «Mandela mostrou-nos o poder da acção, o poder de corrermos riscos para lutarmos pelos nossos ideais», afirmou Obama.
Já Dilma Rousseff destacou «Madiba» como «um exemplo para todos nós», «uma inspiração». «Esse grande líder teve os olhos postos no futuro do seu país, do seu povo e de toda a África e inspirou a luta no Brasil e na América Latina», referiu a governante num discurso em português e com tradução imediata em inglês.
Por sua vez, Raul Castro recordou a visita de Mandela a Cuba. «Jamais nos esqueceremos quando Mandela nos visitou em 26 de Julho de 1991 e disse: o povo cubano tem um lugar especial no coração dos povos de África».
O último discurso foi pronunciado por Jacob Zuma, que lembrou Mandela como «único, um homem como nenhum outro». O actual Presidente da África do Sul, que foi vaiado aquando a sua entrada no estádio FNB, proferiu o discurso em 11 línguas, durante mais de 30 minutos. «Em sua honra, comprometemo-nos a continuar a construir uma nação baseada nos valores democráticos da dignidade humana, igualdade e liberdade, Unidos na nossa diversidade, continuaremos a lutar para construir uma nação livre da pobreza, da fome, da mendicidade e da desigualdade», assegurou Zuma,
A cerimónia ficou marcada por um momento histórico: Barack Obama e o seu homólogo cubano, Raul Castro, cumprimentaram-se com um aperto de mão, tendo efectuado uma breve troca de palavras. Desde a Revolução Cubana de 1959, que os EUA e Cuba encontram-se de relações cortadas.
Entre os ausentes destacam-se o líder espiritual budista Dalai Lama.
Para o estádio Soccer Cit foram destacados milhares de polícias e 11 mil soldados, colocados em locais estratégicos.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-12-10 16:20:50
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