Links Úteis
Confidencial

Subscrever Newsletter

Lusofonia
Casa da Guiné-Bissau na capital senegalesa

Guineenses dormem ao relento em Dakar

Dakar - Várias pessoas de nacionalidade guineense estão a dormir ao relento junto à casa da Guiné-Bissau em Dakar, capital do Senegal. Esta situação deve-se à alegada compra e venda deste imóvel por uma das filhas de Amílcar Cabral, que assegura que o espaço pertence ao seu pai.

A PNN esteve no local este sábado, 13 de Julho, a acompanhar a situação, mais concretamente na Comuna de Dakar Plateau - Cité Cap Verdiense, 40 Rue Félix Eboué, onde registou as preocupações de Iaia Djalo, Presidente de Convergência de Jovens Patriota para Paz e Desenvolvimento no Senegal. O responsável afirmou que se trata de um assunto de longa data, que culminou com a expulsão dos guineenses do interior deste local.

De acordo com o jovem, o alegado comprador do imóvel nunca apresentou documentos legais da compra e venda do espaço destinado à Guiné-Bissau em Dakar. «A primeira informação que temos é que a filha de Amílcar vendeu o terreno», referiu. Djalo informou ainda que este processo aconteceu sem o conhecimento das autoridades guineenses, que tomaram as devidas diligências de reocupação do terreno.

Apesar desta falta de documentação, a PNN soube que o assunto já foi julgado no Tribunal Regional de Dakar, onde o novo inquilino foi dado como o legítimo requerente do terreno em litígio.

Maimuna Faty revelou que viveu mais de 20 anos na designada casa da Guiné-Bissau na capital do Senegal, considerando a acção de despejo como uma violação aos direitos humanos. «Não fomos notificados por lei para abandonarmos este lugar. Fomos retirados à força pela polícia, deixados na rua e somos obrigados a pagar às pessoas para vigiar estas cargas», disse Faty.

Por seu lado, Mama Samba Balde disse que a vida é cara em Dakar, onde os homens são obrigados a passar a noite acordados, de modo a garantir a segurança das mulheres e crianças. A PNN constatou que este cidadão e outras pessoas dormem em barracas improvisadas. «Ficamos aqui, não temos garantia, nem para onde ir porque durante a noite pode haver um incêndio ou alguém nos fazer mal e pôr a vida das pessoas em perigo.»

No que se refere à alimentação, Samba Balde disse que a comida é obtida através de contribuições de cada pessoa, de modo a garantir refeições diárias para cada um.

A PNN constatou que o lugar já está em obras. Contudo, as pessoas cujos objectos se encontram na rua, continuam a sua vida em Dakar, embora algumas portas desta casa estejam encerradas.

A PNN tentou, sem sucesso, contactar o Embaixador da Guiné-Bissau no Senegal, Idrissa Embalo, para obter esclarecimentos sobre o assunto.

Sumba Nansil, Dakar

(c) PNN Portuguese News Network

2013-07-15 11:54:50

MAIS ARTIGOS...
  Guiné-Bissau: Encarregado dos Negócios da Embaixada da África do Sul presta tributo a Mandela
  BIC Cabo Verde pretende tornar-se num banco comercial
  Guiné-Bissau: Dia Internacional dos Direitos Humanos assinalado em Bafatá
  Guiné-Bissau: Ramos-Horta presta tributo a Nelson Mandela
  Guiné-Bissau: Paulo Gomes destaca firmeza do Mali na detenção Amadu Sanogou
  Moçambique: CNE divulga resultados do apuramento geral das Autárquicas
  Guiné-Bissau: Conferência «Os Media e o Interesse Nacional» decorreu esta quinta-feira
  Guiné-Bissau: ONG portuguesa cede materiais a escolas de Komo
  Guiné-Bissau: Sociedade «Palmarés» vence concurso para o recenseamento eleitoral
  São Tomé e Príncipe: Comissão do Diálogo Nacional vai avançar sem o ADI
  Inauguração da ligação domiciliária de água em três bairros de Cabo Verde
  Guiné-Bissau: Dois novos partidos políticos legalizados no país
  •  

Comentários

Hospedagem de Sites Low Cost Luanda Digital Maputo Digital
Notícias no seu site Recrutamento Estatuto editorial Ficha técnica Contactos Publicidade Direitos autorais