PR de Timor-Leste faz declaração pública sobre expulsão de portugueses
Díli - O Presidente da República timorense, Taur Matan Ruak, disse que tem um compromisso com o contínuo fortalecimento das relações de amizade e cooperação com as nações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), após a resolução do Parlamento timorense que afectou Portugal e Cabo Verde.
O Governo do Primeiro-ministro Xanana Gusmão suspendeu cinco juízes e um promotor portugueses, e um Procurador de Cabo Verde. Um conselheiro para a Comissão de Anti-Corrupção de Portugal foi também suspenso das suas funções.
A decisão ocorreu depois de o Parlamento ter aprovado uma resolução para auditar as instituições judiciais.
«As resoluções recentemente aprovadas pelo Parlamento Nacional e o Governo provocaram inquietação e fortes reacções tanto dentro do país como no exterior. Amigos de Timor-Leste, como Portugal e Cabo Verde, membros da CPLP, que o nosso país preside, foram afectados», disse o Chefe de Estado na sua primeira declaração pública sobre o assunto, lançada esta sexta-feira, 7 de Novembro.
«O Presidente da República é o garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições da democracia», referiu.
«Nesta ocasião, o Presidente da República reitera o seu compromisso para o contínuo fortalecimento das relações de amizade profunda e de cooperação com as nações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa», sublinhou Taur Matan Ruak.
O Presidente da República já convocou o Primeiro-Ministro e o Presidente do Parlamento Nacional para mais esclarecimentos sobre a resolução.
Taur Matan Ruak realizou uma reunião com os líderes do partido FRETILIN e com o ex-Chefe de Estado, ex-Presidente da República e Nobel da Paz, José Ramos-Horta. O governante ouviu também as opiniões de outros dignitários nacionais.
«O Presidente da República, Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças de Defesa elogia a maturidade apresentada pelo nosso povo e a calma demonstrada pelos Tribunais, e está confiante de que o diálogo contínuo ajudará a superar este novo desafio», refere a carta do gabinete da Presidência timorense.
De acordo com o Chefe de Estado, a construção e fortalecimento do Estado democrático sob o Estado de direito é um desafio que os timorenses escolheram e exige um diálogo tenaz, com a certeza de que vai alcançar o seu objetivo.
«O Presidente da República conta convosco, em especial com os Tribunais, para que juntos possamos garantir a Justiça, que é um precioso activo para a sociedade», conclui o comunicado.
(c) PNN Portuguese News Network
2014-11-07 17:24:25
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