EUA: Obama defende ataques com drones
Washington O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu esta quinta-feira, 23 de Maio, ataques com aviões não tripulados (drones) na luta contra o terrorismo.
No discurso anual sobre a segurança nacional, realizado na National Defence University, em Washington, o democrata garantiu que a utilização de drones permitiu «salvar vidas» e que estes ataques são legais e eficazes.
«À luz das leis internas e internacionais, os Estados Unidos estão em guerra com a Al-Qaeda, os talibãs e as suas forças associadas. Estamos em guerra com uma organização que neste momento mataria o maior número possível de americanos se não os impedíssemos primeiro. Portanto, esta é uma guerra justa, travada de forma proporcional e, em última instância, em auto-defesa», referiu Obama.
Os Estados Unidos têm vindo a realizar ataques com aviões não tripulados em países como o Afeganistão, Iémen ou Paquistão, com a finalidade de eliminar indivíduos com ligações à Al-Qaeda, numa estratégia de luta contra o terrorismo.
De acordo com Obama, o território norte-americano continua sob ameaça terrorista, embora essa ameaça seja diferente daquela registada após o 11 de Setembro de 2001.
Em declarações na National Defence University, o chefe de Estado reafirmou ainda a intenção de encerrar o campo de detenção na base militar norte-americana de Guantanamo, em Cuba, onde actualmente centenas de presos, suspeitos de terrorismo, continuam em greve de fome.
No entanto, o discurso de Obama foi interrompido por uma activista do grupo pacifista Code Pink, que solicitou ao Presidente o encerramento de Guantanamo, depois de este ter argumentado que a prisão «nunca deveria ter sido aberta» e que não existe nada que impeça o seu fecho.
A abertura da prisão de Guantanamo, no início de 2002, foi uma estratégia de luta contra o terrorismo do então presidente George W. Bush.
O discurso de Obama já foi criticado pelos membros do Partido Republicano no Congresso.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-05-24 12:38:36
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