Guiné-Conacri: «Repórteres Sem Fronteiras» alertam para a segurança dos jornalistas
Conacri - A organização «Repórteres Sem Fronteiras» está muito preocupada com um declínio da segurança no sector da comunicação social, durante os dois últimos meses, na capital Conacri.
Pelo menos 15 jornalistas foram agredidos fisicamente e ficaram com os seus equipamentos danificados, numa crescente tensão política, desde que o Presidente Alpha Condé anunciou, a 13 de Abril, a decisão de realizar as eleições Parlamentares a 30 de Junho. Mais de uma dezena de pessoas foram mortas e 100 ficaram feridas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança, durante as demonstrações de oposição.
«O clima para os jornalistas que cobrem acontecimentos políticos é agora terrível», referiu o movimento «Repórteres Sem Fronteiras», acrescentando que «os profissionais são expostos tanto à violência das forças de segurança como à hostilidade de alguns manifestantes».
«Os ataques físicos contra jornalistas, registados nas últimas semanas, constituem flagrantes violações da liberdade de informação. Ressaltamos que eleições adequadas e transparentes são impossíveis, sem garantias de pluralismo e a segurança dos repórteres».
Seis jornalistas da rádio Lynx FM, de propriedade privada, juntamente com, pelo menos, nove outros profissionais, foram atacados por manifestantes ou grupos envolvidos em violência. Um repórter disse ao Media Foundation para a África Ocidental (MFWA) que foi alvejado por ser jornalista. Thierno Ibrahima Balde, também da rádio Lynx FM, foi deliberadamente alvo das forças policiais, que o agrediram e destruíram o seu equipamento de trabalho. O repórter foi transferido para um hospital de Conacri, em estado grave.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-06-11 11:34:07
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