Timor-Leste: Ministro do Petróleo condena actuação da Agência de Segurança australiana
Díli O ministro do Petróleo e Recursos Energéticos, Alfredo Pires, disse que os timorenses conhecem bem a Austrália, país que teve o apoio de outros grandes Estados para entrar no mar de Timor-Leste em 1975.
O ministro fez as declarações na sequência da rusga realizada pela agência de espionagem estatal australiana aos escritórios do advogado que representa Timor-Leste em Camberra, sobre o caso das escutas telefónicas efectuado pelas autoridades australianos ao Governo timorense. O motivo é explicado pela Austrália através de razões de segurança nacional.
A Organização Australiana de Inteligência de Segurança (ASIO) ordenou o mandato de busca executado esta terça-feira, 3 de Dezembro, ao escritório do advogado Bernard Collaery, segundo referiu a Brandis em comunicado.
Os ataques irritaram Timor-Leste, que decorreram na véspera do início da arbitragem internacional sobre o caso das escutas efectuadas pela ASIO aos escritórios do Governo de Timor-Leste, durante as negociações de 2004 sobre a fronteira marítima entre a Austrália e Timor-Leste e a divisão da receita proveniente dos campos de gás do Greater Sunrise.
Timor-Leste alega que a ASIO violou a lei internacional e a soberania timorense.
«Nós reconhecemos a sua atitude porque também olhamos para o passado, em 1975, quando tiveram o apoio de outros países para entrarem em Timor-Leste», disse Alfredo Pires.
O governante referiu também que Timor-Leste sabe como respeitar a lei internacional e as fronteiras marítimas, o que fez com que o país conquistasse a independência.
«Devido à separação, Timor-Leste obteve a independência, por saber como separar as coisas e respeitar a lei internacional», revelou.
Sobre a actuação da ASIO, na terça-feira, o ministro disse que a o Serviço de Inteligência australiano apenas conseguiu as cópias dos documentos nos escritórios do advogado, uma vez que os originais estão na Holanda.
Um movimento contra a ocupação do mar timorense fez uma demonstração em Díli para pedir à Austrália que respeite os direitos do povo de Timor.
O grupo pediu à Austrália para não voltar a ocupar o mar de Timor-Leste, dar um bom exemplo como povo soberano, reconhecer os direitos dos timorenses, parar com a promoção do novo colonialismo e pedir desculpa aos cidadãos de Timor pelos erros cometidos desde 1975.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-12-05 17:30:45
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