Timor-Leste: Governo dirige nota oficial ao Executivo da Austrália sobre a ASIS
Díli O Governo timorense vai enviar uma carta oficial ao Executivo australiano, para explicar a sua posição em relação ao acto dos Serviços de Inteligência contra o advogado timorense em Camberra, segundo avançou o vice-Primeiro-ministro, Fernando Lasama de Araujo.
Na semana passada, agentes dos Serviços de Inteligência do Estado Australiano (ASIS) invadiram o escritório do advogado Bernard Collaery, em Camberra, que representa Timor-Leste num processo contra a Austrália, que está a decorrer em Haia.
A residência de um cidadão australiano que é testemunha no caso, a favor de Timor-Leste, também foi invadida e o cidadão ficou com o seu passaporte apreendido. Crê-se que seja ex-oficial sénior dos Serviços Australianos de Inteligência.
A testemunha revelou, em Maio, que o Governo timorense alegou invasão por parte da ASIS aos seus escritórios em Díli, durante as negociações de 2004, e a execução de escutas ilegais aos seus gabinetes timorense.
Na esteira das queixas de espionagem ao caso do «Greater Sunrise», o Executivo timorense declarou os Ajustes Marítimos no Tratado do Mar de Timor-Leste inválido, e desencadeou uma arbitragem obrigatória.
Fernando Lasama de Araújo disse que seu Governo condena a actuação da ASIS, ao ter entrado no escritório do advogado de forma ilegal para obter documentos importantes, incluindo o passaporte da testemunha ocular, que se preparava para viajar para a Holanda, com o fim de fornecer o seu testemunho ao tribunal.
«Vamos escrever uma carta oficial através do ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação. Nós condenamos este tipo de atitude», disse o vice-Primeiro-ministro timorense.
Jovens têm-se reunido em frente à embaixada da Austrália em Díli, para reivindicarem os direitos do povo timorense.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-12-10 11:42:25
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