Governo de Timor-Leste decreta luto nacional de três dias
Díli O Governo de Timor-Leste, na sua reunião do Conselho de Ministros realizada esta terça-feira, 10 de Dezembro, declarou luto nacional em todo o território em homenagem do antigo Presidente da África do Sul e Nobel da Paz, Nelson Mandela.
O período de luto nacional começou à meia-noite desta quarta-feira, 11 de Dezembro, e terminará à mesma hora desta sexta-feira, 13 de Dezembro.
Durante a homenagem, a bandeira nacional deverá permanecer a meia-haste em todos os edifícios públicos como embaixadas, consulados e outras representações, incluindo as embarcações do Estado.
O Governo de Timor-Leste manifestou as condolências à nação sul-africana pela morte de Nelson Mandela: «Estendemos a nossa profunda simpatia à sua mulher e à sua família».
«Estamos de luto enquanto contemplamos a grande perda, não só para a sua família e o seu amado país, mas para todos os povos do mundo. Mandela foi verdadeiramente um cidadão da humanidade, conhecido, admirado e amado por todos. Enquanto o mundo está mais pobre pela sua morte, foi infinitamente mais rico por tê-lo tido como um dos poucos líderes universais», disse o Presidente do Conselho de Ministros de Timor-Leste, Agio Pereira.
«Ele será sempre lembrado. Num dos momentos de maior necessidade da nossa nação, Mandela, que era então o Presidente da África do Sul, estendeu a mão com amizade, demonstrando apoio político e de solidariedade ao qual estamos e permaneceremos eternamente gratos», relembrou.
Agio Pereira disse que, ao mesmo tempo que este momento é de grande tristeza para o mundo, é simultaneamente um momento para celebrar os triunfos da sua vida como um grande herói para a comunidade global.
«Triunfos não só para a África do Sul, mas também para a promoção da paz e da harmonia entre os líderes globais, os Estados, as regiões, as comunidades e os povos. Nós só podemos apontar o esforço para manter o seu espírito de integridade e dar seguimento às causas para as quais sacrificou a sua vida», referiu.
Nelson Mandela estudou Direito e actuou contra o Apartheid como membro daquele que ficou conhecido como o Congresso Nacional Africano (ANC). Preso em 1962 e condenado a cinco anos de pena, Mandela foi pouco depois acusado de sabotagem, estendendo-se a sua sentença para prisão perpétua.
Mandela usou a audiência para entregar o que ficou conhecido como o Manifesto do Movimento Anti-Apartheid. Após a sua libertação, 27 anos mais tarde, trabalhou com o novo Presidente Frederik Willem de Klerk, para acabar com as políticas de minoria branca na África do Sul e promover a tolerância e a aceitação entre a humanidade como um todo. A dupla recebeu um Prémio Nobel da Paz em 1993, pelo seu papel no fim do Apartheid.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-12-11 16:16:07
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