Joaquim Chissano espera entendimento entre Frelimo e Renamo
Praia - O ex-Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, mostrou-se esperançado, esta quarta-feira, 5 de Fevereiro, num entendimento entre a Frelimo e a Renamo.
O optimismo de Joaquim Chissano deriva do facto de haver cada vez maior abertura para o diálogo por parte da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) e da Resistência Nacional Moçambicana
(Renamo, na oposição).
«Há uma abertura total para o diálogo da parte do Governo e ultimamente vimos que a Renamo também se abriu ao diálogo com menos condicionalidades», disse Joaquim Chissano à saída de um encontro com o Primeiro-ministro de Cabo Verde, na Cidade da Praia, onde se encontra a participar na Cimeira sobre Inovação em África, quer termina esta quinta-feira.
Para o ex-líder da Frente de Libertação de Moçambique, essa abertura permitirá à Renamo sentar-se à mesa para discutir as diferenças com a
Frelimo sem posições rígidas e definitivas.
Joaquim Chissano asseverou que não é convidado e não participa nas negociações com a oposição, mas reconheceu que os esforços estão a ser empreendidos na direcção certa.
Sobre a impugnação junto do Comité de Verificação da Frelimo, do processo para escolher o candidato às eleições Presidenciais do partido, considerou salutar que haja, internamente, debates sobre as candidaturas apresentadas.
Na sua perspectiva, a Comissão Política cumpriu o seu dever de apresentar uma lista de possíveis candidatos, como rezam os estatutos, podendo o Comité Central sempre eleger outros nomes, caso seja essa a decisão da Frelimo.
No encontro com José Maria Neves, Joaquim Chissano disse ter falado sobre o desenvolvimento de Cabo Verde nos planos económico, político e social, bem como de Moçambique, e reiterou o desejo de os dois países reforçarem as relações de cooperação e trocarem experiências sobre a melhor forma de se apoiarem.
O ex-Presidente de Moçambique elogiou Cabo Verde pela realização da Cimeira sobre Inovação em África, na Cidade da Praia, salientando que o evento deveria decorrer em cada Estado africano «porque o objectivo da inovação é resolver os problemas que um país encara, ou mesmo uma família, para ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia».
(c) PNN Portuguese News Network
2014-02-06 11:08:40
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