Agentes cabo-verdianos presos na Guiné-Bissau já foram libertados
Bissau - Os dois agentes da Policia Nacional de Cabo Verde, Mário Lúcio de Barros e Júlio Gomes Tavares, presos na Guiné-Bissau pelos Serviços de Informação do Estado (SIE), desde 12 de Julho, foram postos em liberdade na noite desta terça-feira, 30 de Julho, mediante despacho do Ministério Público, que arquivou o processo judicial.
As autoridades guineenses já tinham avançado com um processo-crime contra os dois agentes cabo-verdianos. Primeiro, junto do Tribunal Militar Regional, que não conseguiu provar os factos sobre os quais os dois agentes são acusados, nomeadamente crimes contra a Segurança Interna e Externa do Estado. Assim, o processo foi remetido para o Ministério Publico, que, segundo o advogado dos agentes, acabou por produzir o despacho que o dá como arquivado.
A libertação dos dois oficiais da Policia Nacional de Cabo Verde aconteceu na presença do embaixador cabo-verdiano para a Guiné-Bissau com residência no Senegal, Francisco Veiga, que viajou, nos últimos dias, para a capital guineense, com o fim de resolver o assunto.
Mesmo assim, o advogado dos dois agentes, Franquelim Vieira, considera que a decisão que moveu a libertação dos seus constituintes se enquadra num processo meramente jurídico, não descartando que teria havido algum impulso político diplomático.
O jurista afirmou ainda que Mário Lúcio de Barros e Júlio Gomes Tavares «estão fisicamente bem mas, psicologicamente, não posso dizer que estejam. Digo apenas que são fortes. No fundo, eles consideram que foi um incidente».
De qualquer forma, a prisão dos agentes cabo-verdianos terá contribuído para um resfriamento das relações de cooperação entre Bissau e Praia, oriunda de uma longa história de Luta pela independência.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-07-31 11:35:12
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