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Oficiais não prestaram declarações

Agentes detidos em Bissau já estão em Cabo Verde

Praia - Os dois agentes da Polícia Nacional, que tinham sido detidos na Guiné-Bissau, regressaram a Cabo Verde na madrugada desta quinta-feira, 1 de Agosto, em ambiente de grande emoção.

Na chegada ao Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Praia, Júlio Centeio Gomes e Mário Varela de Brito, visivelmente bem de saúde, não prestaram quaisquer declarações. Os dois agentes foram acompanhados, na viagem de regresso à Cidade da Praia, pelo embaixador de Cabo Verde para a Guiné-Bissau e Senegal, Francisco Veiga.

Os membros da Polícia Nacional (PN) foram recebidos, dentro do aeroporto, pelos ministros das Relações Exteriores, Jorge Borges, e da Administração Interna, Marisa Morais, bem como pelo Director Nacional da PN, o superintendente João Domingos de Pina.

No exterior do edifício estavam dezenas de familiares, amigos e colegas de serviço, que não conseguiram reter as lágrimas assim que viram Júlio Centeio Gomes e Mário Varela de Brito. No meio do clima de emoção que se registou, os agentes foram cumprimentando os presentes.

Uma fonte familiar de um dos oficiais confidenciou à PNN, através de telefone, que o seu parente, durante os 18 dias de detenção em Bissau, percebeu que tudo se tratou de uma retaliação pela prisão do contra-Almirante guineense José Américo Bubo Na Tchuto pela DEA, em Abril, em águas internacionais.

Cabo Verde colaborou nessa operação com os serviços secretos norte-americanos, ao ter permitido a utilização do seu território para o transbordo de Bubo Na Tchuto e dos seus acompanhantes.

A mesma fonte adiantou que, durante a detenção, os dois agentes foram lembrados, de forma recorrente, que Cabo Verde colaborou e que «agora tinha que pagar».

Conforme avançou uma das advogadas de defesa, Salomé dos Santos, em conversa telefónica com a Televisão de Cabo Verde (TCV), nenhuma acusação ou reconhecimento de crime foram oficializados durante o período de detenção.

Depois do regresso, com êxito, o Presidente da República Jorge Carlos Fonseca chamou a atenção para se ponderar, com serenidade e objectividade, acerca do que realmente aconteceu, no sentido de se corrigir eventuais erros «para que, no futuro, estejamos melhor apetrechados e habilitados a liderar com situações desta complexidade».

«Num processo desta natureza, depois de obtido o resultado, que era o essencial (…), devemos agora debruçar-nos seriamente e com objectividade sobre a forma como isso aconteceu, como foi possível acontecer e, se chegarmos à conclusão de que terá havido falhas ou erros da nossa parte, devemos avaliá-los e corrigi-los para que, no futuro, não aconteçam casos deste género», alertou o Presidente.

Mostrando-se satisfeito, Jorge Carlos Fonseca considerou que a libertação dos agentes foi conseguida num espaço de tempo razoável, «o que demonstra que, quando todos trabalham de forma articulada, sistematizada, pondo acima de tudo o interesse do Estado, da Nação e dos cabo-verdianos, pode conseguir-se bons resultados».

O Governo considerou, num comunicado assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Borges, que este desfecho se deveu à colaboração institucional entre os órgãos de soberania cabo-verdianos, maximizada através da concertação permanente entre o Chefe do Governo e o Presidente da República, bem como com o Presidente da Assembleia Nacional.

No mesmo documento lê-se que o resultado teve também como fundamento os laços privilegiados existentes entre os povos da Guiné-Bissau e Cabo Verde, e a confiança na capacidade das autoridades guineenses.

Os dois agentes da Direcção de Migração e Fronteiras foram detidos no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, a 12 de Julho, quando se encontravam na sala de embarque para Cabo Verde, depois de terem realizado uma missão de escolta à cidadã guineense Enide Tavares Soares da Gama, expulsa do país depois de ter cumprido metade de uma pena por tráfico de droga.

(c) PNN Portuguese News Network

2013-08-01 17:11:38

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