Timor Leste: Dez anos de independência
Díli - A República Democrática de Timor-Leste existe por causa dos sonhos do povo e da sua longa luta. O princípio «independência: vivo ou morto»
realizou-se firmemente no coração desta nação, que lutou contra seu maior vizinho, a Indonésia, entre 1975 e 1999.
Com o apoio de várias nações desenvolvidas, incluindo os EUA, a Austrália e alguns países europeus, Timor-Leste conquistou a sua independência com base na luta.
A 20 de Maio, há 10 anos, Timor-Leste tornou-se na nação mais pobre da
Ásia. Com a declaração da restauração da independência, os timorenses
puderam, finalmente, estabelecer o seu próprio Estado.
A FRETILIN formou o primeiro Governo constitucional, liderado pelo Primeiro-ministro Mari Alkatiri. O Parlamento Nacional foi conduzido por Francisco Lu-Olo Guterres e Xanana Gusmão tornou-se Presidente da República. O Tribunal de Recurso foi liderado por Cláudio Ximenes.
A ambição de Timor-Leste estava a funcionar bem, com base na Constituição e leis orgânicas. A prioridade do Governo foi libertar o povo da pobreza mas a nova nação tinha um orçamento limitado, dependente de países dadores.
Nesta difícil situação, o Governo da FRETILIN esforçou-se para alcançar bons resultados para o povo e para a nação, tendo conseguido criar instituições estatais.
Especialistas disseram que o Governo do Primeiro-ministro Alkatiri demonstrou boas políticas na área de execução do orçamento. Contudo, a crise político-militar de 2006 afectou os esforços do Estado para o desenvolvimento nacional e o crescimento caiu drasticamente.
Em 2007, o Governo actual, liderado pelo Primeiro-ministro Xanana Gusmão, foi instalado e serviu numa época em que Timor-Leste já tinha a sua própria receita, a partir do petróleo e do gás.
O executivo investiu muito dinheiro na segurança e na resolução dos problemas dos refugiados, criados pela crise de 2006. Alguns programas de desenvolvimento têm sido bem sucedidos, outros nem tanto.
As vidas de muitos timorenses, especialmente daqueles que vivem na zona rural, não mudaram muito.
Líderes políticos de Timor-Leste tem falado muito sobre como melhorar
a vida das pessoas, mas a realidade é que muitos timorenses ainda são pobres.
O país ainda enfrenta muitos problemas, incluindo a falta de energia eléctrica, falta de água limpa, saneamento, falta de alimentos nutritivos e de infra-estruturas escolares.
Os futuros Governos deverão fazer alterações para o desenvolvimento da nação e melhorar a vida de todos os seus habitantes. O progresso deve reflectir o valor do dinheiro público que foi gasto. Quando o Governo gasta muito dinheiro, a maioria das pessoas da nação não deveria viver na pobreza.
Deveria haver um forte controlo na execução do Orçamento do Estado, no sentido de prevenir a corrupção, cuja luta deve apoiar-se num forte sistema judicial.
A Comissão Anti-Corrupção (KAK), o Ministério Público e os tribunais
devem trabalhar seriamente e de forma independente.
Durante os últimos 10 anos, o Governo de Timor-Leste conseguiu a
construção de relações fortes com muitas outras nações. Embora Timor-Leste seja uma nação nova, pequena e pobre, não é isolada.
Os líderes timorenses têm a capacidade de promover o nome do país no cenário internacional.
Devido a estas relações internacionais, Timor-Leste recebeu
apoio ao desenvolvimento, por parte dos seus amigos estrangeiros.
Alguns projectos implementados com o apoio internacional não deram
bons resultados, como por exemplo, a água potável.
Futuros Governos deverão coordenar bem com os países doadores para garantir fundos internacionais e beneficiar verdadeiramente o povo.
(c) PNN Portuguese News Network
2012-05-18 16:24:51
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