Timor-Leste: Governo prevê a criação de espaços para venda de produtos agrícolas
Díli O ministro do Comércio, Indústria e Ambiente está a planear a criação de espaços comerciais destinados à população, principalmente das zonas rurais.
A Comissão D do Parlamento Nacional apelou ao Governo no sentido de construir uma zona comercial em todas as áreas rurais, de forma a ajudar a população aí residente.
O Presidente da Comissão, Adriano João, concordou com o projecto do Executivo, uma vez que os cidadãos daquelas zonas têm produtos locais que podem comercializar.
Adriano João disse que o Governo não terá que construir as «lojas da população» apenas em Díli mas também apelou ao Governo no sentido de criar condições que poderão ajudar os produtos agricultores a chegarem à capital timorense.
Desde a independência, a maioria das infraestruturas está concentrada em Díli. A maior parte das estradas do país está em más condições.
É muito difícil para a população das zonas rurais transportar os produtos agrícolas para serem comercializados nas cidades.
O vice-Presidente do Parlamento, Adérito Hugo da Costa, pediu ao Governo para adquirir produtos locais suficientes e disse que o anterior Executivo deixou de ajudar as pessoas das zonas rurais para obter renda a partir dos trabalhos agrícolas.
O ministro do Comércio, Indústria e Ambiente, António da Conceição, disse que o seu gabinete tem o forte compromisso de ajudar os agricultores a venderem os seus produtos.
António da Conceição disse que os sectores privados irão cooperar com o Governo para adquirirem uma quantidade suficiente de produtos da área rural.
O plano do Governo para criar «as lojas das pessoas» é aceite pelos agricultores, que consideram uma «boa ideia se o Executivo abrir uma loja na nossa cidade, para que possamos vender o nosso produto local», referiu Júlio Monteiro à PNN, um fazendeiro do distrito de Baucau.
Júlio Monteiro disse que todos os anos tem grandes quantidades de produtos agrícolas mas não há forma de os escoar.
«Nenhum homem de negócios compra o nosso produto ainda que tenhamos grandes quantidades», referiu, acrescentando que «o Governo teve que construir as estradas pois é muito difícil para nós o acesso aos transportes públicos para ir para a cidade para vender os nossos produtos e evitar que as pessoas tenham que vir à nossa aldeia», concluiu Júlio Monteiro.
(c) PNN Portuguese News Network
2013-01-22 11:46:11
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