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Cinco anos de prisão

Família de Lúcia Lobato considera «injusta» a decisão do tribunal

Díli - Os membros da família de Lúcia Lobato consideram a decisão do tribunal injusta, no que respeita à aplicação de uma pena de cinco anos à antiga ministra da Justiça.

Lúcia Lobato, que nasceu a 7 de Novembro de 1965, em Leorema, sub-distrito Bazartete, distrito de Lekisa, pertencia ao Partido Social Democrata e tornou-se membro da Assembleia Constituinte em 2001-2002 para escrever a Constituição país. A antiga governante tornou-se membro do Parlamento em 2002-2007.

Em 2007, Lúcia Lobato candidatou-se à Presidência da República mas foi derrotada nas Eleições.

Quando os partidos da coligação (CNRT, ASDT, PD e PSD) formaram o novo Governo, liderado pelo Primeiro-ministro Xanana Gusmão, Lúcia Lobato, que pertencia ao PSD, tornou-se ministra da Justiça.

Em 2010, o Procurador-geral da República chamou a governante para uma investigação, por suspeita de alguns casos de corrupção. A ministra foi acusada de envolvimento no desvio de dinheiro público e de ter atribuído um projecto público a seu marido, que era dono de uma empresa.

Em meados de 2012, o tribunal distrital decidiu atribuir três anos de prisão a Lúcia Lobato, dado que foi considerada culpada de envolvimento em actos de corrupção e de abuso de poder.

O advogado da antiga ministra apresentou, entretanto, um recurso ao Tribunal liderado por Claudio Ximenes.

Tribunal de Recurso discordou oficialmente e negou o pedido de Lúcia Lobato, esta segunda-feira, 21 de Janeiro, tendo decidido aumentar a pena de prisão para cinco anos.

A antiga ministra da Justiça formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de uma universidade Indonésia, durante a ocupação.

Lúcia Lobato foi oficialmente presa a 22 de Janury. O seu ex-director, António Freitas, foi também condenado por participação activa em casos de corrupção. O Tribunal de Recurso atribuiu-lhe uma pena de cinco anos de prisão.

Rogério Tiago Lobato, tio de Lúcia Lobato, foi preso em 2007 por envolvimento em actividade de tráfico de armas destinado a um grupo de civis durante a crise, em 2006 mas, sendo o irmão mais novo de um dos fundadores do país, Nicolau Lobato, foi-lhe concedido perdão pelo Presidente da República José Ramos-Horta, em 2008.

Rogério Lobato, ex-ministro do Interior do Governo da FRETILIN, entre 2002 e 2006, deu uma conferência de imprensa juntamente com Lúcia Lobato, em Díli, antes de a ex-ministra ser conduzida à prisão de Gleno, no distrito montanhoso de Ermera.

Rogério Lobato mostrou-se insatisfeito com a decisão do Tribunal de Recurso e referiu que muitos aspectos do sistema judicial estão errados, mesmo que os timorenses peçam justiça verdadeira. Rogério Lobato acusou a decisão de ter carácter político.

De acordo com o tio de Lúcia Lobato, a justiça deveria ser implementada independentemente da intervenção política.

Luís Lobato, o irmão mais novo de Rogério Lobato, mostrou-se também inconformado com a situação, dizendo que a família não fez nada contra a decisão do tribunal porque também lutou pela independência do país.

Luís Lobato disse estar muito triste porque, apenas por causa de pouco dinheiro, o tribunal sentenciou prisão de cinco anos de prisão. O tio da ex-governante disse ainda que a sua família tem sido rejeitada pelo público desde a ocupação Indonésia.

O gabinete da ONGD Sistema de monitorização de Justiça, em Díli, disse que a decisão respondeu às necessidades de justiça da população.

O ex-administrador de Díli, Ruben Braz, foi sentenciado com três anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Díli mas ainda não foi preso porque o Tribunal de Recurso não deu ainda resposta ao seu apelo.

(c) PNN Portuguese News Network

2013-01-24 12:17:53

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