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Desde a inauguração da nova central

Timor-Leste: Rede de energia eléctrica está em desenvolvimento

Díli – O desenvolvimento da rede eléctrica em Timor-Leste está a conhecer um elevado progresso, depois de o Governo ter inaugurado um novo centro de electricidade, na semana passada.

O Governo timorense está orgulhoso do desenvolvimento da rede de electricidade do país, uma vez que a maioria das pessoas usufrui actualmente do acesso à energia. No entanto, alguns especialistas opuseram-se ao ponto de vista do Governo liderado por Xanana Gusmão.

Na passada terça-feira, 20 de Agosto, o Presidente da República Taur Matan Ruak, o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, o secretário de Estado da Electricidade, Januário Pereira, membros do Governo e do Parlamento Nacional, o corpo diplomático nacional e convidados internacionais, reuniram-se com as comunidades locais para a inauguração da Central de energia eléctrica de Betano, no distrito de Manufahi.

Com a construção da usina de Betano, na costa sul, as duas novas centrais que são a base do Projecto Nacional de Electrificação estão já concluídas. A primeira central de Hera, na costa norte de Timor-Leste, está operacional há mais de um ano.

O objectivo do Projecto Nacional de Electrificação é fornecer uma transmissão e distribuição confiáveis em todo o território timorense. A preparação e o planeamento da usina de 130 megawatts, em Betano, começou em 2011, com a construção a arrancar em Junho de 2012. Os geradores chegaram mais tarde, em Outubro do mesmo ano.

Outros componentes-chave da rede de 150 megawatts em todo o país incluem a construção de nove sub-estações, que já foram concluídas, e uma rede de linhas de transmissão e de distribuição.

O trabalho, que prevê mais de 600 quilómetros de linhas de transmissão e 120 quilómetros de linhas de distribuição, está concluído em mais de 90%.

Como resultado destas conquistas, 47 sub-distritos em 12 dos
13 distritos de Timor-Leste. Deste a fronteira de Mota-Ain, no Oeste, até Tutala, a Este, e desde Lore, no Norte, até Mota Masin, no Sul, têm agora 24 horas de acesso à rede de energia.

O trabalho está em progresso para garantir o acesso à rede no distrito de Oe-cusse, na ilha de Ataúro e noutros 13 sub-distritos. O processo de concurso para a usina de Oe-Cusse Ambeno está a decorrer, com um contrato que deverá ser concedido ao licitante seleccionado antes do final de 2013. As linhas de distribuição serão construídas em todo o distrito. Um cabo submarino é uma das propostas para incluir a ilha de Ataúro na rede.

Pensa-se que a participação timorense tenha sido incentivada pelo Governo, com os diversos componentes do Projecto de Electrificação Nacional a serem executados por cinco empresas internacionais e 200 nacionais.

O acesso à energia é fundamental para o desenvolvimento da capacidade produtiva de Timor-Leste e a usina de Betano será um importante fornecedor de desenvolvimento planeado da costa sul.

O porta-voz do Governo, Agio Pereira, referiu que «a inauguração da Central de Betano representa mais um passo importante no cumprimento das metas do Plano Estratégico de Desenvolvimento para construir e manter o núcleo e as infra-estruturas produtivas. Como em qualquer projecto de infra-estrutura principal realizada em todo o mundo, teve a sua quota de desafios».

«No entanto, depois de pouco investimento no fornecimento de energia eléctrica nas áreas rurais, nas décadas antes da restauração da independência, seguindo-se a destruição generalizada de infra-estruturas eléctricas, em 1999, a conclusão desses componentes principais do Projecto Nacional de Electrificação é uma grande conquista na história da nossa nação», disse Agio Pereira.

Em entrevista à imprensa, na semana passada, Januário Pereira, secretário de Estado da Energia, anunciou que a electrificação de todo o país está mais próxima desde terça-feira, com a inauguração da usina de Betano, cerca de 90 quilómetros ao sul de Dili.

Januário Pereira disse que os dois restantes sub-distritos de
Timor-Leste que ainda não receberam o fornecimento de electricidade, a ilha de Ataúro e um enclave de Oecussi, serão alimentados brevemente. A ilha de Ataúro através de um cabo submarino e o enclave de Oecussi por meio de uma nova usina, que em breve será construída.

Michael O´Connell, um engenheiro australiano que foi consultado recentemente em Timor-Leste, disse não ser verdade que todos os timorenses vão brevemente desfrutar de electricidade e que a meta é impossível de alcançar, dada a abordagem actual do Governo.

Esta grande rede de energia centralizada pode abranger o país mas não chegará a 60% da população, sendo muito improvável que alcance mais de 80%», referiu Michael O´Connell, num comentário com o qual muitos discordam.

A PNN observou que a maioria das pessoas nas aldeias pode já usufruir do acesso à electricidade. João da Silva, habitante numa vila do distrito de Lautém, disse que já pode desfrutar da rede eléctrica.

«Nós não tínhamos acesso à electricidade durante a ocupação indonésia mas agora temos novamente e estamos muito felizes», disse João da Silva à PNN.

Um estudante do distrito de Bobonaro, Manuel Araújo, também disse que a sua aldeia está agora provida de electricidade: «Graças ao Governo já temos energia».

(c) PNN Portuguese News Network

2013-08-28 16:25:11

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