Timor-Leste: Xanana Gusmão não quer falhas na governação em 2013
Díli O Primeiro-ministro Xanana Gusmão disse que, se algum membro do Governo não trabalhar devidamente na implementação do orçamento para o próximo ano, deverá demitir-se, dado que não quer falhas de governação.
Xanana Gusmão alertou os membros do seu gabinete, desde que o Governo foi implementado em Agosto, para não contraírem grandes dívidas. Contudo, o Chefe do Executivo não está satisfeito porque ocorreram alguns erros.
Em sessão parlamentar, esta terça-feira, durante a discussão do estado da nação em 2011, Xanana Gusmão disse que não pretende que algum membro do Governo contraia muitas dívidas.
«Declaro que, caso em 2013 ainda surjam erros, os membros responsáveis, juntamente com os directores gerais e administradores das finanças, deverão demitir-se por demonstrarem incapacidade governativa», referiu o Primeiro-ministro.
Xanana Gusmão disse concordar com a auditoria da Deloitte e do Tribunal de Contas, que revela alguns erros cometidos por alguns Ministérios em 2011. O Primeiro-ministro disse que grande parte da dívida poderia ter levado o país ao risco.
O grupo parlamentar da FRETILIN disse que o programa de auditoria mostrou que houve corrupção e nepotismo no Ministério da Agricultura. O líder da bancada, Aniceto Guterres, disse que o erro esteve no processo de aprovisionamento no Ministério da Agricultura, no qual algumas facturas foram manipuladas. Ancieto Guterres atestou ainda que a auditoria detectou alguns projectos públicos que não tinham documentação apropriada.
O ministro da Agricultura, Mariano Sabino Lopes Assanami, disse estar pronto para ser investigado pela Comissão Anti-Corrupção (CAC), caso seja chamado pela instituição competente. Mariano Sabino Lopes Assanami disse que o caso levantado pela FRETILIN poderá ser investigado pela Comissão.
«Se alguma coisa estiver errada a nossa porta está aberta para CAC analisar. Queremos que os filhos do povo de Maubere se sintam encorajados para enfrentar qualquer problema», referiu o ministro.
Mariano Assanami salientou que não há erros encontrados na auditoria da Deloitte: «Todos os projectos com base no processo foram implementados de forma legal e adequada».
A Transparência Internacional divulgou recentemente que o nível de corrupção de Timor-Leste passou de 118 para 113.
O Comissário do Combate à Corrupção, Adérito de Jesus, disse que o resultado motiva a sua instituição a continuar a trabalhar para combater a corrupção no país.
A ministra da Justiça, Lúcia Lobato, do anterior Governo, foi punida com três anos de prisão por um tribunal de Díli, por envolvimento em actividades de corrupção.
A antiga responsável ainda está a aguardar a decisão do Tribunal de Recurso.
Também o antigo administrador do distrito de Díli, Rúben Braz, foi condenado por corrupção mas o seu caso ainda não foi decidido pelo
Tribunal de Recurso.
(c) PNN Portuguese News Network
2012-12-11 13:04:16
|